EXECUTIVO VAI CONTINUAR COM REFORMAS NA JUSTIÇA - DIZ PR
Huambo - O Presidente da República, João Lourenço,
afirmou nesta terça-feira (29), na cidade do Huambo, que o Executivo vai
continuar a investir na reforma da Justiça e do Direito e na melhoria das
infra-estruturas de trabalho na administração do sector.
O Executivo, de acordo com João Lourenço, que
discursava na cerimónia de abertura do Ano Judicial 2022, fará de forma
contínua os investimentos para o aperfeiçoamento do capital humano da
Justiça.
No quadro dos investimentos na área da justiça, o Chefe
de Estado anunciou para este ano a conclusão das infra-estruturas dos
Tribunais da Relação do Uíge e de Saurimo.
Fez saber que as autoridades estão fortemente apostadas
na informatização dos tribunais, para garantir a sua optimização e
concretizar a celeridade processual.
Defendeu que o sector da justiça deve persistir em
actuar em tempo útil, sob pena de se perder o seu efeito de dirimir
conflitos, de aclarar com justiça as responsabilidades dos
presumíveis criminosos, vincar o seu papel pedagógico e de reeducação dos
cidadãos.
Eleições de 2022
Na perspectiva da realização das eleições deste ano,
João Lourenço manifestou-se convicto de que a construção do Estado Democrático
de Direito em Angola vai continuar a vincular os órgãos de Justiça.
“Pretendo com isto dizer que os órgãos de justiça vão
prosseguir com a mesma coerência as atribuições que lhes estão adstritas pela
Constituição e pela lei, empenhando-se ainda mais no combate à corrupção, à
impunidade e aos crimes económicos no geral”.
Para o Presidente da República, o combate à corrupção
deve continuar a ser visto como uma tarefa contínua do Estado, com realce para
o sistema judicial.
Afirmou que o combate aos crimes contra a vida, a
liberdade, a integridade física e moral das pessoas e contra os bens públicos e
privados deve também continuar a marcar a actuação dos órgãos judiciais neste
ano judicial.
Combate aos crimes ambientais
Neste particular, João Lourenço defendeu a importância
da protecção do ambiente, no combate aos crimes que atentem contra a sua
protecção, cuja degradação decorre da acção humana.
“Estes crimes produzem um impacto muito negativo na
diversificação da economia e no desenvolvimento do país, além de comprometerem
o futuro das próximas gerações”, acrescentou.
A terminar, exortou a todos os operadores da
Justiça a prosseguirem com o mesmo sentido de Estado, na sua nobre
missão.
A abertura do Ano Judicial, pelo Presidente da
República, é determinada pela Lei Orgânica sobre a Organização e Funcionamento
dos Tribunais de Jurisdição Comum.
Este diploma estabelece que a abertura do mesmo seja
assinalada com a realização de uma cerimónia solene, em que devem tomar a
palavra o Presidente da República, o presidente do Tribunal Supremo, do
Conselho Superior da Magistratura Judicial, o Procurador-geral da República e o
Bastonário da Ordem dos Advogados.