PR DEFENDE CUMPRIMENTO DO PLANO DE VACINAÇÃO CONTRA COVID-19
Luanda - O Presidente da República, João Lourenço,
considerou, nesta sexta-feira, fundamental o cumprimento do plano de vacinação
por parte dos países em desenvolvimento, como medida para impedir a propagação da
Covid-19.
Ao intervir, por videoconferência, no Debate das Nações
Unidas sobre a vacinação contra a Covid-19, o Chefe de Estado angolano afirmou
que o cumprimento do plano de vacinação deve ser um objectivo global.
"A vacinação universal é a única forma de impedir
a propagação deste vírus, a única maneira de acabar com a pandemia e de
assegurar a retoma em pleno da economia mundial", expressou.
A acção concertada da Gavi/COVAX, prosseguiu o
Presidente João Lourenço, já permitiu que um bilião de doses fluíssem pelos
nossos países.
O Estadista entende ser necessário que os países ricos
e com economias mais estáveis façam doações à COVAX de, pelo menos, cinco mil
milhões de dólares americanos, em recursos adicionais.
As doações, segundo o Presidente da República, devem
servir para adquirir urgentemente cerca de 600 milhões de doses e para apoiar a
implementação de campanhas nacionais de vacinação.
Adiantou que, dessa forma, as vacinas da COVAX, como as
fornecidas por outras iniciativas multilaterais, entre as quais o Fundo de
Compra de Vacinas da União Africana, terão as ferramentas necessárias para
apoiar as estratégias nacionais e regionais de resposta à pandemia.
O Presidente angolano disse, na ocasião, que esses
mecanismos devem tornar-se mais flexíveis e responder melhor às necessidades
dos países, garantindo prazos razoáveis de validade das vacinas e um fluxo
regular no fornecimento das mesmas.
Defendeu ser dessa forma que os países de baixa renda
não serão deixados para trás novamente, garantindo-se que avancem juntos rumo a
um mundo globalmente mais saudável e seguro.
Entre as consequências da pandemia nos países em
desenvolvimento apontadas pelo Presidente João Lourenço estão o crescimento da
dívida externa, aumento dos índices de pobreza e a incerteza sobre o futuro.
Sublinhou o facto de as nações mais ricas estarem já
com cerca de 80 por cento da população vacinada e muitas oferecendo uma
terceira ou até quarta dose de reforço.
O Chefe de Estado disse que esse quadro contrasta com a
de países de baixa renda, onde a cobertura vacinal contra a Covid-19 é muito
baixa e insuficiente para evitar o colapso dos sistemas de saúde e o
aprofundamento da pobreza.
O debate decorreu sob o lema: "Momento de
Galvanização para Vacinação Universal” - Desafios na produção e distribuição da
vacina a países de baixa cobertura de vacinação contra a Covid-19.