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  • 27 Feb 2022

PR DEFENDE CUMPRIMENTO DO PLANO DE VACINAÇÃO CONTRA COVID-19

Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, considerou, nesta sexta-feira, fundamental o cumprimento do plano de vacinação por parte dos países em desenvolvimento, como medida para impedir a propagação da Covid-19.

Ao intervir, por videoconferência, no Debate das Nações Unidas sobre a vacinação contra a Covid-19, o Chefe de Estado angolano afirmou que o cumprimento do plano de vacinação deve ser um objectivo global.

"A vacinação universal é a única forma de impedir a propagação deste vírus, a única maneira de acabar com a pandemia e de assegurar a retoma em pleno da economia mundial", expressou.

A acção concertada da Gavi/COVAX, prosseguiu o Presidente João Lourenço, já permitiu que um bilião de doses fluíssem pelos nossos países.

O Estadista entende ser necessário que os países ricos e com economias mais estáveis façam doações à COVAX de, pelo menos, cinco mil milhões de dólares americanos, em recursos adicionais.

As doações, segundo o Presidente da República, devem servir para adquirir urgentemente cerca de 600 milhões de doses e para apoiar a implementação de campanhas nacionais de vacinação.

Adiantou que, dessa forma, as vacinas da COVAX, como as fornecidas por outras iniciativas multilaterais, entre as quais o Fundo de Compra de Vacinas da União Africana, terão as ferramentas necessárias para apoiar as estratégias nacionais e regionais de resposta à pandemia.

O Presidente angolano disse, na ocasião, que esses mecanismos devem tornar-se mais flexíveis e responder melhor às necessidades dos países, garantindo prazos razoáveis de validade das vacinas e um fluxo regular no fornecimento das mesmas.

Defendeu ser dessa forma que os países de baixa renda não serão deixados para trás novamente, garantindo-se que avancem juntos rumo a um mundo globalmente mais saudável e seguro.

Entre as consequências da pandemia nos países em desenvolvimento apontadas pelo Presidente João Lourenço estão o crescimento da dívida externa, aumento dos índices de pobreza e a incerteza sobre o futuro.

Sublinhou o facto de as nações mais ricas estarem já com cerca de 80 por cento da população vacinada e muitas oferecendo uma terceira ou até quarta dose de reforço.

O Chefe de Estado disse que esse quadro contrasta com a de países de baixa renda, onde a cobertura vacinal contra a Covid-19 é muito baixa e insuficiente para evitar o colapso dos sistemas de saúde e o aprofundamento da pobreza.

O debate decorreu sob o lema: "Momento de Galvanização para Vacinação Universal” - Desafios na produção e distribuição da vacina a países de baixa cobertura de vacinação contra a Covid-19.