PRESIDENTE JOÃO LOURENÇO FALA COM MEMBROS DA SOCIEDADE CIVIL SOBRE A SITUAÇÃO SOCIAL NO PAÍS
Luanda
- Questões de caracter social, económica e política do país, estiveram em
análise nesta segunda-feira, em Luanda,
em encontros que juntou o Chefe de Estado angolano, João Manuel
Gonçalves Lourenço e vários membros da sociedade civil.
Em
audiências separadas, o Titular do Poder Executivo ouviu as
inquietações, opiniões e ideias dos
representantes da sociedade civil que trabalham directamente com as comunidades
a nível do território nacional .
Os
temas discutidos nas reuniões decorridas no Palácio Presidencial deverão do
ponto de vista socioeconómico, contribuir para a melhoria das condições de vida
dos angolanos, com particular realce, o combate à pobreza e fome, as
desigualdades sociais, acesso à justiça, e o fomento da produção agrícola .
Em
declarações à imprensa, o activista social Rafael Marques informou que entre os
assuntos em análise estiveram a reforma agrária, o combate à fome e pobreza, a
burocracia estatal e a actual Constituição do país.
Disse
que não se pode falar em combate à fome sem que haja uma reforma para o aumento
da produção agrícola.
Neste
particular, defendeu a necessidade de haver mais pessoas no campo a produzir
com segurança jurídica, para não terem dificuldades no acesso às terras e a
pequenos créditos.
Por
sua parte, Guilherme Neves, da Associação Mãos Livres, organização cujo objecto
social está ligado à promoção social e defesa dos direitos humanos, apresentou
preocupações ligadas ao acesso à justiça nas comunidades, à revisão da
lei de terras e ao código mineiro.
No
concernente ao acesso à justiça, advogou a expansão destes serviços a todas as
regiões do país, nesta altura em que se projecta a sua descentralização.
Também
recebido pelo Chefe de Estado, o frei Júlio Candeeiro, da Associação Mosaico,
falou da problemática das políticas públicas, do orçamento participativo
e da desflorestação da região Leste do país, que, na sua opinião, carece de
mais fiscalização.
A Associação
Mosaico existe há 25 anos e tem as suas acções dirigidas à defesa dos direitos
humanos e promoção social.
Já
Carlos Cambuta, director-geral da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente
(ADRA), manifestou inquietações sobre o que considerou falta de mais diálogo a
nível nacional com líderes dos partidos políticos e membros da sociedade
civil.
Fundada
em 1990, a ADRA, com acções centralizadas no desenvolvimento sustentável nas
comunidades rurais, leva a cabo projectos nas províncias de Benguela,
Moçamedes, Malanje, Huambo e Huíla.
O
Presidente João Lourenço, recebeu de
igual modo com o mesmo propósito, quatro líderes de congregações religiosas.