NOTÍCIA
  • 23 Feb 2022

PRESIDENTE JOÃO LOURENÇO FALA COM MEMBROS DA SOCIEDADE CIVIL SOBRE A SITUAÇÃO SOCIAL NO PAÍS

Luanda - Questões de caracter social, económica e política do país, estiveram em análise nesta segunda-feira, em Luanda,  em encontros que juntou o Chefe de Estado angolano, João Manuel Gonçalves Lourenço e vários membros da sociedade civil.

Em audiências  separadas, o  Titular do Poder Executivo ouviu as inquietações, opiniões e ideias  dos representantes da sociedade civil que trabalham directamente com as comunidades a nível do território nacional .

Os temas discutidos nas reuniões decorridas no Palácio Presidencial deverão do ponto de vista socioeconómico, contribuir para a melhoria das condições de vida dos angolanos, com particular realce, o combate à pobreza e fome, as desigualdades sociais, acesso à justiça, e o fomento da produção agrícola .

Em declarações à imprensa, o activista social Rafael Marques informou que entre os assuntos em análise estiveram a reforma agrária, o combate à fome e pobreza, a burocracia estatal e a actual Constituição do país.

Disse que não se pode falar em combate à fome sem que haja uma reforma para o aumento da produção agrícola. 

Neste particular, defendeu a necessidade de haver mais pessoas no campo a produzir com segurança jurídica, para não terem dificuldades no acesso às terras e a pequenos créditos.  

Por sua parte, Guilherme Neves, da Associação Mãos Livres, organização cujo objecto social está ligado à promoção social e defesa dos direitos humanos, apresentou preocupações ligadas  ao acesso à justiça nas comunidades, à revisão da lei de terras e ao código mineiro.  

No concernente ao acesso à justiça, advogou a expansão destes serviços a todas as regiões do país, nesta altura em que se projecta a sua descentralização.

Também recebido pelo Chefe de Estado, o frei Júlio Candeeiro, da Associação Mosaico, falou da problemática das políticas públicas, do orçamento participativo  e da desflorestação da região Leste do país, que, na sua opinião, carece de mais fiscalização.

A Associação Mosaico existe há 25 anos e tem as suas acções dirigidas à defesa dos direitos humanos e promoção social.  

Já Carlos Cambuta, director-geral da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), manifestou inquietações sobre o que considerou falta de mais diálogo a nível nacional com líderes dos partidos políticos e membros da sociedade civil. 

Fundada em 1990, a ADRA, com acções centralizadas no desenvolvimento sustentável nas comunidades rurais, leva a cabo projectos nas províncias de Benguela, Moçamedes, Malanje, Huambo e Huíla.  

O Presidente João Lourenço, recebeu  de igual modo com o mesmo propósito, quatro líderes de congregações religiosas.