NOTÍCIA
  • 11 Feb 2022

REUNIÃO DE DIRIGENTES MILITARES AVALIOU SITUAÇÃO POLITICO-MILITAR DO PAÍS

A reunião de Dirigentes Militares das Forças Armadas Angolanas, que decorreu de 08 a 10 deste mês, na cidade do Lubango, província da Huíla, avaliou a situação político-militar do país, bem como o grau de cumprimento da Directiva do Comandante-em-Chefe sobre a Reestruturação e Redimensionamento das FAA.

O encontro decorrido no Centro de Conferências Comandante José Manuel Paiva “Bula”, na Região Aérea Sul, avaliou as capacidades operacionais das FAA durante o Ano de Instrução 2021-2022 e traçou as perspectivas para o Ano de Instrução 2022-2023.

De igual modo procedeu a avaliação das capacidades de asseguramento das FAA, durante o Ano de Instrução 2021-2022.

Discurso da Sessão de abertura

Ao discursar na cerimónia de abertura do encontro, o ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado deu a conhecer que ainda este ano, uma universidade militar para os distintos Ramos de Defesa e Segurança das Forças Armadas Angolanas (FAA), deverá entrar  em funcionamento com o foco direcionado em matérias ligadas a consciência patriótica, cívica e jurídica .  

Na reunião que contou com a participação de  Generais e Almirantes dos órgãos de Direcção dos três Ramos das FAA, Francisco Furtado afirmou que a universidade vai formar tropas com “forte temperamento” do ponto de vista da sua consciência patriótica, cívica e jurídica, para que sejam sempre capazes de encarar, com prudência, resiliência e determinação situações atípicas que o serviço impuser, tanto de âmbito militar, como social.

De acordo com o dirigente, a crise provocada pela pandemia da Covid-19 abriu a necessidade de se pensar na formação das tropas, no país, ao contrátio do exterior, e a solução passa pela construção de um estabelecimento de ensino superior para o efeito.

Por esta razão, disse ser fundamental que se continue a apostar no treinamento, através da realização de exercícios, manobras e aulas práticas nas várias especialidades, sem se perder de vista aquelas ligadas às missões de manutenção de paz, ajuda humanitária e busca e salvamento.

Sublinhou que ao longo do seu percurso as FAA enfrentaram e suportaram situações delicadas, mas não declinaram as suas responsabilidades para com a Pátria.

Francisco Furtado defendeu a constituição de forças armadas mais robustas e flexíveis, daí a necessidade do seu rejuvenescimento e reequipamento, para conferir-lhes maior capacidade operacional.

 

Outra aposta, segundo o ministro, passa pelas acções de treinamento contínuo e eficaz das tropas no geral, através de realização de exercícios, manobras e aulas.

Reestruturação vai melhorar controlo e gestão nas FAA

No seu discurso, Francisco Furtado afirmou que a reestruturação em curso nos órgãos do Ministério da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria e nas Forças Armadas Angolanas trará melhorias no sistema de controlo e gestão do efectivo no país.

Esse processo, disse o governante vai contribuir igualmente para uma melhor gestão dos meios materiais, técnicos, logísticos e financeiros disponíveis.

O objectivo, de acordo com Francisco Furtado é promover melhores condições de vida e de trabalho aos Oficiais, Sargentos, Praças, Soldados e e trabalhadores civis.

Disse tratar-se de um redimensionamento que vai tornar as FAA numa instituição ajustada às necessidades de defesa do país, embora admita que a acção será criticada por alguns e outros vão tentar desacreditar, sublinhando, porém, que as autoridades estão focadas nos objectivos reais e no fim será “airoso” o processo.

Francisco Furtado realçou a necessidade de maior interacção entre os órgãos, para corrigir o que está errado, de modo a criar-se sinergias de profissionalização das forças castrenses mediante melhoria das condições de aquartelamento.   

Reforçou que maior atenção está a ser dada à assistência médica e medicamentosa, à ressocialização dos militares em conflito com a lei, à educação jurídica, moral e cívica, assim como ao respeito pelos valores e símbolos nacionais.

Encorajou a equipa técnica e encarregue de conduzir esse processo a redobrar esforços e mobilizar recursos e meios para o sucesso da tarefa.

Sob o lema “Forças Armadas Angolanas, com lealdade e firmeza, fortaleçamos a paz, a segurança e a estabilidade nacional”, o encontro foi orientado pelo Chefe do Estado Maior General das FAA, General de Exército, António Egídio de Sousa Santos “Disciplina”.