NOTÍCIA
  • 04 Feb 2022

MINISTRO DA DEFESA HOMENAGEOU HERÓIS NACIONAIS

Luanda - O Ministro da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos, depositou nesta sexta-feira, uma coroa de flores no monumento do Soldado Desconhecido, em Luanda, por ocasião do aniversário do início da luta de libertação nacional, levada a cabo a 4 de Fevereiro de 1961, por nacionalistas angolanos, contra o antigo regime colonial português .

Após a cerimónia, em declarações à imprensa, o titular da pasta da Defesa, numa alusão a efeméride

defendeu maior diálogo entre a velha e a nova geração de formas a passar os valores sobre a Luta de Libertação Nacional .

O governante falou na necessidade da realização permanente de seminários e palestras de interacção para que os mais velhos mostrem a nova geração a importância desta data .

João Ernesto dos Santos lembrou que o sacrifício da geração que deu inicio a luta está a partir, e é necessário passar o testemunho aos mais novos.

Para o ministro, a juventude deve valorizar este acto, e ter orgulho dos seus antepassados.

O programa das comemorações  do 4 de Fevereiro de 2022, em Luanda, teve inicio com o içar da Bandeira Monumento no Museu de História Militar.

Contou com a presença da Governadora de Luanda Ana Paula de carvalho,  vice-governadores, directores nacionais , altas patentes das Forças Armadas angolanas (FAA)  e da Polícia Nacional .

O acto central do  61º aniversário do início  da Luta Armada de Libertação Nacional, teve lugar província da Lunda Sul, sob o lema” Angolanos de mãos dadas para o futuro”.

Histórico  sobre o 4 de Fevereiro de 1961 

Na madrugada de 4 de Fevereiro, um grupo de nacionalistas armados com catanas  e outras armas brancas atacou,  em Luanda, a Casa de Reclusão Militar, a Cadeia Administrativa de São Paulo e o Quartel da Companhia Móvel da Polícia de Segurança Pública. 

A acção deixou dezenas de mortos e feridos entre os assaltantes e membros das forças militares e policiais.

Teve várias réplicas, as mais graves ocorridas ainda durante o mês de Fevereiro.

Aos acontecimentos de Fevereiro seguiu-se uma nova etapa do combate político-militar contra o colonialismo português em Angola, centrada nas matas  do território  nacional. 

 

Nos meios urbanos, o movimento teria mantido apenas algumas células, confrontadas com as difíceis condições políticas impostas pela vigilância policial e militar, mas também pela existência de um ambiente sociopolítico adverso aos meios usados e aos propósitos avançados.

O 4 de Fevereiro foi, mais do que um acontecimento. Foi o procedimento político conscientemente escolhido, preparado e executado pelo MPLA para dar início à sua estratégia de luta armada contra o colonialismo português.