MINISTRO DE ESTADO RECOMENDA RIGOR E DISCIPLINA AOS GESTORES MILITARES
Luanda - O ministro de Estado
e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado,
apelou recentemente aos gestores
orçamentais dos sectores de defesa e segurança a pautarem pelo rigor e
disciplina nos gastos públicos, sob pena de serem responsabilizados civil e
criminalmente.
Para o governante, é
urgente distinguirem as necessidades essenciais das supérfluas e incidirem
os gastos para a melhoria das condições sociais dos militares,
polícias, e outros agentes das forças armadas e de segurança nacional.
Francisco Furtado falava
durante um encontro com os deputados das 2ª e 3º Comissões da Assembleia
Nacional (AN), no âmbito da proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) para
2022.
"As dotações orçamentais
alocadas satisfazem as necessidades actuais. O importante é haver maior rigor,
controlo, consciência de bem servir e muita disciplina na execução do
OGE", defendeu.
Por outro lado, revelou
que a Lei de Defesa Nacional, das Forças Armadas e da Segurança Nacional,
cuja actualização é um imperativo desde 2010, consta do programa do Executivo e
que em breve passará pelo Conselho de Ministros para ser submetida à AN.
Lembrou que o processo de
diagnóstico e cadastramento foi promulgado pelo Chefe de Estado, no
passado dia 08, um decreto que altera a designação da Casa de Segurança para
Casa Militar do Presidente da República, visando adequá-la à sua verdadeira
missão e ao seu papel.
De igual modo, reiterou que
está em curso um processo de redimensionamento e reforma das Forças Armadas,
Polícia Nacional e órgãos de segurança, com término previsto para 2028.
Francisco Furtado anunciou que
o Executivo aprovou a construção de mais três hospitais militares
regionais, uma vez que o sistema de saúde das Forças Armadas Angolanas (FAA)
carece deste investimento e atenção.
Em resposta aos deputados,
informou que a reabilitação do Hospital Militar Principal e as obras
do novo (Hospital Militar Principal) continuam em curso.
Realçou que no OGE estão,
ainda, reflectidos projectos de investimento público, como hangares para
aeronaves, construção de hospitais e reabilitações de quartéis, escolas, entre
outras infra-estruturas militares.
Em 2022, disse, vão se
implementar políticas sociais tangíveis e de impacto social em áreas civis, mas
o maior trabalho será desenvolvido nos órgãos castrenses, daí a
necessidade de disciplina e rigor para uma gestão adequada dos recursos
financeiros e meios materiais
colocados à disposição.
Património da Defesa
Por sua vez, o secretário de
Estado da Defesa, Domingos Chicanha, esclareceu que o Ministério da Defesa
Nacional e Veteranos da Pátria já fez o levantamento do património das FAA para
permitir uma maior e melhor prontidão técnica permanente.
Explicou, igualmente, que
existe um programa para o processo de reparação dos principais veículos
tácticos das FAA, designadamente os camiões Urais, cuja maioria se encontra
avariado nas unidades militares.