PR PARTICIPOU NA PLANTAÇÃO DE MANGAIS
Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, em companhia da Primeira Dama, Ana Dias Lourenço, participou sábado, na região dos Ramiros, Distrito de Belas, no programa de plantação de mangais, projecto que visa contribuir para o reflorestamento das zonas húmidas do litoral angolano.
Na ocasião o Chefe de Estado e a primeira dama da República, plantaram cerca de 200 pés de mangais num perímetro de 200 metros na orla costeira da comuna dos Ramiros.
João Lourenço prometeu repetir a operação a depender da sua (apertada) agenda oficial, contribuiu desse modo para a materialização do vínculo que passou a ligar, a partir de sábado e por um período inicial de 5 anos, a SONANGOL e a ONG OTCHIVA, dirigida pela ambientalista Fernanda Renee.
Testemunhou ainda todos os momentos que deram corpo ao nascimento do projecto Carbono Azul, a acção da petrolífera SONANGOL de apoio directo às iniciativas ambientais.
No fim da cerimónia, em declarações aos jornalistas, Presidente João Lourenço apelou aos cidadãos a contribuírem com acções.
concretas em prol da defesa do meio ambiente.
"Chegamos a um momento em que já não basta falar. Não basta ter consciência (...). É preciso que se façam acções concretas, pequenas ou grandes", expressou, por ocasião do acto de lançamento do projecto de reflorestamento de mangais, também designado "Carbono Azul".
Considerou que a acção, a que se fez presente, se for multiplicada, com certeza que terá o seu impacto na defesa do ambiente.
O Titular do Poder Executivo apontou o ser humano como principal responsável pelos danos que o meio ambiente tem estado a sofrer, adiantando ser "a acção do homem que levou à situação actual de secas, inundações, tufões, furacões, tsunamis e incêndios".
Após o acto, o Presidente João Lourenço ofereceu duas viaturas de apoio à Associação Otchiva.
Sobre os mangais
Os mangais são ecossistemas naturais tropicais, compostos por espécies de plantas que toleram água salgada.
Geralmente, esses espaços estão localizados em áreas costeiras.
Da exploração correcta e eficiente desta espécie pode resultar, em particular, na produção de lenha, colecta de mariscos, produtos medicinais, estacas para habitação, madeira e produtos artesanais, suportando as economias rurais e o ecoturismo.
Os mangais são considerados “ecossistemas de carbono azul”, bem como ervas marinhas e pântanos de sal, porque são 10 vezes mais eficientes nz absorção e armanezamento de grandes quantidades de carbono, em comparação com ecossistemas terrestres.
Estimativas apontam para a existência de 50 hectares degradados de mangais em todo o território nacional, sendo que um hectare de mangais conservado é capaz de movimentar cerca de 57 mil dólares/ano.