PR DESCARTA ADIAMENTO DAS ELEIÇÕES PREVISTAS PARA 2022
Luanda – O Presidente da República, João Lourenço, descartou, neste sábado, em Luanda, o adiamento das eleições gerais previstas para o próximo ano no país.
Depois de visitar as obras da futura sede da Comissão Nacional Eleitoral, o Presidente da República falou aos jornalistas sobre dois temas da actualidade, nomeadamente as alegações de alguns políticos da Oposição segundo as quais o debate sobre a possível nova divisão político-administrativa do país é um expediente encontrado pelo Executivo para adiar as eleições gerais do próximo ano e o ruído à volta da nomeação da nova Juíza Presidente do Tribunal Constitucional.
Sublinhou que o processo em curso para a nova divisão político-administrativa não vai condicionar o pleito eleitoral.
Disse que não há nada de verdade nos receios sobre a possibilidade do adiamento das próximas eleições gerais.
Na ocasião, o Titular do Poder Executivo reafirmou a pretensão da realização das eleições gerais no próximo ano e as autárquicas, depois da aprovação do pacote legislativo em discussão na Assembleia Nacional.
"Ninguém faz um investimento tão grande (a construção da nova sede da CNE) (…) para não dar o devido uso. Se não fizermos eleições, o que fazer da infra-estrutura que custou caro aos cofres do Estado”, questionou o Presidente.
Referiu que serão as primeiras eleições em que a CNE e o Centro de Nacional de Escrutínio terão instalações próprias, considerando infundadas as suspeições que se pretendem levantar.
O Chefe de Estado disse não fazer qualquer sentido interligar a realização de eleições com a ideia de se modificar a estrutura administrativa do país, que nem sequer ainda se sabe quando se concretizará. Questionou se terá alguma lógica construir obras da envergadura da CNE para deixá-la amanhã sem qualquer utilização. "Se estamos a criar condições materiais para as eleições, é porque queremos e vamos realizá-las", assegurou.
Sobre a escolha da antiga Secretária de Estado do MAT Laurinda Cardoso para dirigir o Tribunal Constitucional, o Presidente da República desafiou aos que criticam a decisão a apontarem aonde foi que o Chefe de Estado desrespeitou a Constituição da República ou qualquer outra lei.
João Lourenço recebeu dos responsáveis pela execução da empreitada informações relevantes sobre o ritmo do trabalho, as valências do futuro edifício cuja as previsão da sua conclusão, está inicialmente marcada para Abril do próximo ano.