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  • 09 Jun 2021

LÍDERES DA CEEAC RECOMENDAM DIÁLOGO ENTRE O CONSELHO DE TRANSIÇÃO MILITAR E AS FORÇAS REBELDES NO TCHAD

Brazzaville- A Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), realizada a 5 do corrente mês, em Brazzaville (Congo), que contou com a participação do Presidente Angolano João Lourenço, recomendou aos representantes do Conselho de Transição e às forças rebeldes a manterem o diálogo com vista a estabelecer a paz e a segurança naquele país.

Segundo os Chefes de Estado e de Governo participantes ao evento a via do dialogo é a única forma de reconciliar a nação Tchadiana.

Os líderes da CEEAC, decidiram apoiar financeiramente o processo de transição no Tchad, sem no entanto ter sido determinado o valor monetário para as contribuições.

O Presidente do Congo, Denis Sassou Nguesso, também líder da CEEAC, deverá realizar demarches junto dos Estados-membros para angariar o financiamento.

Quanto à situação do mercenarismo que se regista naquela região, a Cimeira da CEEAC manifestou “grande preocupação” em relação à questão.

Os Chefes de Estado e de Governo da África Central, sublinharam que o que aconteceu no Tchad (morte do Presidente Idriss Deby Itno), é a consequência da acção dos mercenários que se encontram na Líbia, e solicitaram aos Estados-membros a adoptarem, no mais curto espaço de tempo, a Convenção da União Africana sobre o mercenarismo. 

A situação no Tchad agudizou-se no final de Abril, na sequência da morte do Presidente reeleito Idriss Déby Itno, que não resistiu aos ferimentos contraídos em combate contra as forças opositoras armadas no Norte do país.

Idriss Déby Itno morreu um dia depois de ter sido declarado vencedor das eleições presidenciais de 11 de Abril.

Devido à esta situação, um Conselho Militar de Transição assumiu a gestão dos assuntos do país no princípio do mêsde Maio, criando um Governo de Transição que deverá conduzir o país até à realização de novas eleições.

A CEEAC conta com 11 países membros, nomeadamente, Angola, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Congo, RDC, Gabão, Guiné Equatorial, Ruanda, São Tomé e Príncipe e o Tchad.

Consta dos propósitos da organização, cooperar para a promoção do desenvolvimento industrial na África Central, bem como de intercâmbio no domínio dos transportes e comunicações, na união dos bancos comerciais e na criação de um fundo de desenvolvimento da Região.