HISTÓRIA DO EXÉRCITO

As Forças Armadas Angolanas em geral e o Exército em particular decorrente da junção dos efectivos militares das FAPLA (Governo) e FALA (UNITA), no âmbito dos Acordos de Paz, rubricados em Bicesse (Portugal), no dia 31 de Maio de 1991.

As estruturas do acordo de Paz assinado previam, entre outros aspectos, a operacionalização de uma Comissão Conjunta para a formação das Forças Armadas Angolanas, com missão específica de “criar as Forças Armadas Angolanas”, com um sentido de fraternidade com uma conjuntura elementar da unidade nacional e pilar de edificação do Estado. 

Nessa perspectiva, em 14 de Novembro do mesmo ano, foram nomeados os Generais Comandantes do Comando Superior das FAA, General João Baptista de Matos e General Abílio Kamalata “Numa”. 

Aos 13 de Dezembro de 1991, deu-se início na Escola de formação de Oficiais (EFO), no Huambo, o primeiro curso de Oficiais formadores, contou com a participação dos militares das EX-FAPLA e EX-FALA, em 10 de Janeiro de 1992, tinham sido nomeados os Chefes de Repartições a nível do Estado-Maior General das FAA e do Comando Logístico e de Infraestruturas.

Importa salientar que os princípios que viriam reger a Constituição das Forças Armadas Angolanas eram definidos num documento proposta conjunta apresentada pela Comissão Conjunta da formação das Forças Armadas Angolanas, de 24 de Setembro de 1991 e aprovada em 9 de Outubro do mesmo ano, pela Comissão Conjunta Político Militar, passando a ser designado por Bases Gerais para a formação das Forças Armadas Angolanas, constituindo a Directiva Nº 1.  

De salientar que a formação das Forças Armadas Angolanas de maneira geral e do Exército em particular, esteve associado ao complexo processo da desmobilização e desarmamento das FAPLA e FALA.

 A 7 de Julho de 1992, antes das eleições do mesmo ano, tinha sido acordado na Comissão Conjunta Político Militar a dissolução das FAPLA e FALA. Em 27 de Setembro de 1992, data em que formalmente foram extintas as FAPLA e as FALA, tendo tomado posse a Chefia do Estado Maior General das FAA, sendo investidos treze generais de três estrelas, e entravam em exercício de funções os Chefes do Estado Maior dos três Ramos das FAA. Nessa altura, estavam em fase final de formação ou implementação, as seguintes estruturas no Exército: Quartéis Generais das Regiões Militares, Zonas Militares e Regimentos.

Os acordos de Paz de Bicesse, previam que as Forças Armadas Angolanas, com seu elemento mais numeroso o Exército, que teria 40.000 efectivos, sendo: 4000 Oficiais, 6000 Sargentos e 30.000 Praças. O cenário da criação ou formação do Exército, contou com o envolvimento fundamental da acessória portuguesa. Portanto, a criação do Exército Único, consistiu na congregação dos efectivos das FAPLA e das FALA, um processo traduzido, em sentido de coesão nacional.

Desde a sua criação até a data presente, já desempenharam funções de Comandantes do Exército, 6 Generais, anteriormente designados como Chefe do Estado-Maior do Exército, que foram os casos do primeiro ao terceiro, eram designados Chefe do Estado Maior do Exército e do quarto ao actual, como Comandante do Exército.