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  • 20 Oct 2023

MGA DESTACA CONTRIBUTO DO EXERCÍCIO “GRAND AFRICAN NEMO” NA LUTA CONTRA OS ILÍCITOS

Luanda – O chefe do Estado-Maior da Marinha de Guerra Angolana (MGA), Vice-almirante Manuel de Jesus, realçou quinta, ( 19)em Luanda, o contributo do exercício naval “Grand African Nemo” na potencialização e autonomia de coordenação das marinhas do continente na luta contra os ilícitos no mar.

Segundo o responsável  militar da MGA que falava em representação do comandante da Marinha de Guerra angolana no encerramento da edição 2023 do exercício anual, este espaço de treinamento, com suporte ao código de conduta de Yaoundé (Camarões), tem permitido maior cooperação operacional, internacional, política de boa-vizinhança e o reforço, cada vez maior, da diplomacia militar.

De igual modo, acrescentou que o espaço de treinamento joga importante papel para a liberdade de navegação na Região do Golfo da Guine, reforçando a coordenação na luta contra a insegurança marítima.

O Vice-almirante Manuel de Jesus enalteceu o empenho da delegação angolana ao evento, cujo universo de participantes perfaz um total de mil 350 militares e 450 civis, entre representantes de marinhas, e outras organizações, de 18 países africanos, além de parceiros internacionais, sob coordenação da França.

O Grand African Nemo é um exercício anual consubstanciado ao código de conduta de Yaoundé (Camarões) dirigido às forças navais dos países do Golfo da Guiné, tendo em conta a segurança marítima e o livre comércio na região e não só.

Visa, igualmente, atrair organismos para o “espírito” de defesa e segurança, com destaque para os centros Inter-Regional de Comunicação (CIC), Regional de Segurança Marítima para África Ocidental (CRESMAO) e Regional de Segurança Marítima (CRESMAC).

O exercício decorreu de 4 a 19 deste mês, subdivido em duas fases, sendo uma nacional, na qual o treinamento é realizado a nível dos territórios marítimos dos respectivos Estados, e outra zonal, mais abrangente, em que os diferentes países da Região do Golfo concentram-se em zonas (A, D, E, F e G).

No final, foram entregues certificados de participação.

Angola, cuja participação nos exercícios iniciou em 2019, coordena a Zona A, a qual integra ainda a República do Congo e a República Democrática do Congo (RDC).

Na etapa nacional, realizada de 4 a 11 do corrente, o país desenvolveu os temas “Poluição Marítima”, na área de Luanda, “Imigração Ilegal”, no Ambiz, província do Bengo, e “Tráfico de Armas”, no Soyo (Zaire), ao passo que na zona final teve como palco das operações a área marítima de Cabinda.

Participaram do exercício, Angola, República do Congo e RD Congo (Zona A), São Tomé e Príncipe, Camarões e Gabão (Zona D), Togo, Benin e Nigéria (Zona E), Serra Leoa, Libéria, Cote d’Ivoire e Ghana (Zona F) e Cabo Verde, Senegal, Gâmbia, Guiné-Bissau e República da Guiné (Zona G).

O mesmo teve ainda, entre outras, a presença de membros das marinhas dos Estados Unidos da América (EUA), Inglaterra, Itália, Espanha, Brasil, Canadá, Portugal, Marrocos, Bélgica e Dinamarca.