MGA DESTACA CONTRIBUTO DO EXERCÍCIO “GRAND AFRICAN NEMO” NA LUTA CONTRA OS ILÍCITOS
Luanda – O chefe do Estado-Maior da Marinha de Guerra
Angolana (MGA), Vice-almirante Manuel de Jesus, realçou quinta, ( 19)em Luanda,
o contributo do exercício naval “Grand African Nemo” na potencialização e
autonomia de coordenação das marinhas do continente na luta contra os ilícitos
no mar.
Segundo o responsável
militar da MGA que falava em representação do comandante da Marinha de
Guerra angolana no encerramento da edição 2023 do exercício anual, este espaço
de treinamento, com suporte ao código de conduta de Yaoundé (Camarões), tem
permitido maior cooperação operacional, internacional, política de
boa-vizinhança e o reforço, cada vez maior, da diplomacia militar.
De igual modo, acrescentou que o espaço de treinamento
joga importante papel para a liberdade de navegação na Região do Golfo da
Guine, reforçando a coordenação na luta contra a insegurança marítima.
O Vice-almirante Manuel de Jesus enalteceu o empenho da
delegação angolana ao evento, cujo universo de participantes perfaz um total de
mil 350 militares e 450 civis, entre representantes de marinhas, e outras
organizações, de 18 países africanos, além de parceiros internacionais, sob
coordenação da França.
O Grand African Nemo é um exercício anual
consubstanciado ao código de conduta de Yaoundé (Camarões) dirigido às forças
navais dos países do Golfo da Guiné, tendo em conta a segurança marítima e o
livre comércio na região e não só.
Visa, igualmente, atrair organismos para o “espírito”
de defesa e segurança, com destaque para os centros Inter-Regional de
Comunicação (CIC), Regional de Segurança Marítima para África Ocidental
(CRESMAO) e Regional de Segurança Marítima (CRESMAC).
O exercício decorreu de 4 a 19 deste mês, subdivido em
duas fases, sendo uma nacional, na qual o treinamento é realizado a nível dos
territórios marítimos dos respectivos Estados, e outra zonal, mais abrangente,
em que os diferentes países da Região do Golfo concentram-se em zonas (A, D, E,
F e G).
No final, foram entregues certificados de participação.
Angola, cuja participação nos exercícios iniciou em
2019, coordena a Zona A, a qual integra ainda a República do Congo e a República
Democrática do Congo (RDC).
Na etapa nacional, realizada de 4 a 11 do corrente, o
país desenvolveu os temas “Poluição Marítima”, na área de Luanda, “Imigração
Ilegal”, no Ambiz, província do Bengo, e “Tráfico de Armas”, no Soyo (Zaire),
ao passo que na zona final teve como palco das operações a área marítima de
Cabinda.
Participaram do exercício, Angola, República do Congo e
RD Congo (Zona A), São Tomé e Príncipe, Camarões e Gabão (Zona D), Togo, Benin
e Nigéria (Zona E), Serra Leoa, Libéria, Cote d’Ivoire e Ghana (Zona F) e Cabo
Verde, Senegal, Gâmbia, Guiné-Bissau e República da Guiné (Zona G).
O mesmo teve ainda, entre outras, a presença de membros
das marinhas dos Estados Unidos da América (EUA), Inglaterra, Itália, Espanha,
Brasil, Canadá, Portugal, Marrocos, Bélgica e Dinamarca.